domingo, 31 de outubro de 2010

Liam ( parte II )

As 22:00 o todas as garotas e garotos do Grace Way tinham que estar em seus dormitórios , minha melhor amiga e colega de quarto estava escovando os dentes e dentro de instantes estariam irrompendo pela porta e me perguntando o porque de estar usando um vestido branco e sapatilhas, quando deveria estar de pijaminhas ou com algum tipo de roupa esquisita para dormir, eu não queria que ela me perguntasse pra onde eu iria, já que eu me sentia uma completa estúpida por ir encontrar o garoto que, além de ter me dado um belo par de chifres, ainda dizia que me amava, isso era tão... Como posso me expressar... Dramático. Eu sabia que se Livy me encontrasse agora e soubesse pra onde eu estaria indo, ela teria um surto e me trancaria a noite toda no meu quarto e me xingaria de todos os nomes que combinem com “Burra, Estúpida, Retardada, Doente Mental, Problemática, Masoquista” e uma série de outras coisas que eu não gostaria muito de escutar, é eu sei que eu mereço isso, só que o amor é uma coisa tão... Surreal, que você fica assim idiota mesmo, e mesmo eu não querendo admitir, Liam foi e ainda é o meu primeiro amor, é uma coisa bem descontrolada o primeiro amor, eu me sentia tão louca por ele que... Eu só tinha vontade de chorar ao lembrar o que ele tinha feito pra mim.
Subi silenciosamente as escadas até o terraço da escola, lá em cima era tão lindo e romântico, e romantismo me deixava enjoada desde que soubera que fui traída, andei olhando pra baixo, quando senti o aroma do perfume dele e por reflexo levantei a cabeça e o vi ali em pé me encarando com aqueles olhos azuis tão perfeitos que parecia que alguém estava apertando meu coração feito esponja, estar na presença dele me deixava nauseada, porque eu o amava e o odiava por ter me traído, só que é como dizem “o amor está a apenas um impulso do ódio” e eu tinha certeza que ódio não era a palavra exata que eu sentia por ele, era mais decepção.
Ele se aproximou de mim e estava com uma expressão de tristeza e estava até mais magro que antes, ele olhou pra mim e ficou encarando meus olhos por alguns instantes, tenho certeza que estava os fitando por causa do leve inchaço e por que estavam meio rosados, ele com certeza sabia que eu passara as ultimas noites chorando por ele, acho que ele merecia saber que eu estava sofrendo, só não sei se eu estava pronta para deixá-lo ciente disso.

- Podemos conversar?

- Vamos logo com isso, porque tenho muita tarefa e também estamos violando umas 10 regras começando com violando o toque de recolher.

- Porque você sempre fica na defensiva quando vamos conversar? Isso me irrita.

- E você acha que tem algum direito de se irritar comigo Liam? Sério você é tão idiota que me da vontade de socar você.

- Eu sei, sinto muito, é que eu queria conversar seriamente com você Serena, por favor, vai me escutar e tentar entender?

- Tentarei.

Ele se sentou no chão e eu me sentei na frente dele, ele parecia nervoso quando começou a falar.

- Eu sei que eu fiz burrada, eu sei mesmo, por favor, tente me entender ok? Eu te amo tanto e meu maior medo era te perder, e olha só o que eu fiz! Eu te perdi, eu sei que você me ama, eu sei que você tinha me dito com todas as letras que o seu medo era de eu te trair, só que meu amor, eu fui estúpido, eu estava bêbado e chateado e nervoso, você sabe como eu sou, sabe que eu ajo sem pensar, se você soubesse o meu arrependimento! Se soubesse o quanto chorei naquela noite e continuo chorando só de lembrar dessas coisas! É esse é o momento mais mulherzinha da minha vida, só que quando eu te liguei hoje e você disse que poderia ter esperanças que você viria, nossa! Foi a melhor coisa que me aconteceu desde o dia em que eu te conheci, eu só quero que você me perdoe, eu sei que ter de novo pra mim não vai ser fácil, só que eu preciso de você, preciso que pelo menos você olhe pra mim do jeito que você me olhava, com tanta ternura que fazia meu coração ficar idiota, eu só quero você comigo de novo, por favor, Serena.

Eu senti as lágrimas descerem por meus olhos como uma cachoeira, meu coração palpitava no peito e ao mesmo tempo parecia que estava sendo esmagado, eu estava tentando perdoá-lo, só que era tão difícil falar.


- Liam, você não tem idéia de como foi pra mim, eu me senti tão idiota, tão burra, e agora, eu estou chorando de novo, eu não sei se posso te perdoar de novo, não sei se consigo confiar em você depois de tudo, e se eu der um tempo e você me trair? Se você me amasse tanto como diz não teria me traído Liam! Isso é tão obvio que até me dá náusea. É nem é isso que me irrita, o que me irrita é não conseguir ficar séria, não conseguir parar de chorar feito um bebe!

- Eu sinto muito, eu vou ser a melhor coisa na sua vida, eu prometo, prometo que não vou te trair nem te magoar Serena, só, por favor, me perdoe

- Sabe de uma coisa? Eu te perdôo, só que eu não sei se “nós” ainda existe no meu vocabulário.

- Serena...

- Me dá um espaço ok? Você acaba de reviver as piores lembranças da minha vida, eu só preciso que você vá embora.

- Eu não vou.

- Então eu vou – eu já estava de pé com os olhos encharcados de lagrimas e começando a andar quando eu sinto alguém agarrando meu braço.

- Não, você não vai embora de novo, não vou te perder mais uma vez Serena, você querendo ou não, eu não vou deixar você partir.


Ele me abraçou e me beijou, o que eu posso fazer? Eu me sentia totalmente fraca nos braços dele, e quando ele me abraçou foi como se nada de ruim tivesse acontecido na nossa vida, foi como se o tempo parasse e tudo de ruim fosse apagado das nossas lembranças, só tinha eu e ele ali, e eu sentia o amor dele, o amor puro e desesperado dele. Eu o amava ainda, não tinha como negar, e seria mutuo assim por muito tempo, era o que eu esperava.

Liam ( parte I )

Uma amizade pós-término, nunca é tão fácil quanto aparenta em livros e filmes de comédias românticas. Na verdade é uma droga ter que encarar a pessoa que você mais ama todos os dias e ter que dizer “oi” sem ter o desejo louco e desesperado de voar no pescoço dele e beijá-lo na boca.

E lá estava eu andando pelos corredores da Grace Way, tendo leves flashbacks do ocorrido do mês passado.

“Acho que será melhor se terminarmos Liam., eu te amo e você sabe disso, só que eu acho que você está apaixonado por ela” - lágrimas começaram a escorrer pelos meus olhos nesse momento;

“ Eu já te disse que te amo! Porque você não entende?”


“ Porque você me traiu então? Poxa Liam, eu só fiz te amar e isso que você faz comigo?

“ S. você tinha terminado comigo! Eu achei que nunca mais iria querer olhar na minha cara, eu queria te esquecer e estava muito magoado e chateado com você!

“ E por causa disso precisa pular na cama com a primeira piranha que aparece? Faça me o favor!

“Pare com isso Serena, eu te amo, por favor, me perdoe!”

“Eu só quero que você vá embora”

“Pelo menos podemos ser amigos? Eu não posso ficar sem você!”

“Eu só quero um tempo pra pensar, Adeus.” – eu disse isso com uma expressão fria e mórbida, e saí andando com tanta pressa que nem o medo de tropeçar e cair de cara me fez parar, eu só queria ir embora e fingir que nada havia acontecido, quando na verdade eu já estava derretendo em lágrimas.

Distraída com isso, nem percebi que ele estava na minha frente sorrindo para mim com aqueles lábios perfeitos.

- Hey Serena, nem te vi essa manhã na aula de latim... Você está bem? – ele havia perguntado isso com um duplo sentido nítido e como se nada tivesse acontecido.

- Estou ótima Liam, porque não estaria? O dia está ótimo, tudo está ótimo – droga, porque quando eu fico nervosa eu sempre digo ótimo?

- Por nada, só queria saber mesmo, nos vemos no almoço?

- Talvez – o sinal tocou nesse instante – Tenho que ir, ou vou me atrasar para a aula de literatura, até depois quem sabe.
Sem ao menos esperar uma resposta, caminhei rapidamente em direção as escadas do 3° andar, eu apenas escutei o sussurro em resposta dele “até mais tarde meu amor...”.


Caminhei como se minha vida dependesse disso, e dependia afinal o professor Jordans me odiava tanto que me deixava sem graça. Cheguei na hora exata para a aula de literatura e vi a “amiga” de Liam na ultima carteira, ela era tão... Linda sabe? Ela era aquele tipo de menina que os meninos nunca dão o fora, tinha longos cabelos pretos que eram tão negros que às vezes pareciam azuis quando batia uma luz neles, tinha olhos tão azuis que chegavam a um tom violeta, uma pele perfeitamente branca e as bochechas tão perfeitamente rosadas que me davam náuseas de tanta beleza, ela era tão legal e tão perfeitamente inteligente que até a palavra “perfeita” parecia pouco pra descrevê-la, eu sinceramente entendo como o Liam havia me trocado por aquela perfeição... É ele ao menos fez uma boa escolha já que a Aiden era uma piranha linda, reprimi a vontade de chorar, quando aqueles olhos violetas encontram meu olhar e novamente desceram para seu livro, ela me olhava com desdém, quando quem devia olhar ela assim era eu, eu apenas reprimi um impulso de chorar e quebrar a cara dela.

Ao escutar o sinal, eu rapidamente enfiei meus livros na minha bolsa de couro e saí rápido de lá antes que a Aiden me barrasse e risse na minha após me contar em detalhes como tinha enfiado um chifre bem bonito em mim com Liam, quando no meu desespero esbarro no querido melhor amigo do meu ex-namorado, que por sinal também era meu amigo.

- Hey bobona, porque não olha por onde anda? – ele disse isso com aquele sorriso perfeito que fazia qualquer garota suspirar... Menos eu, é claro.

- Porque VOCÊ, não olha por onde anda nerd?

- HAHA, eu sou o gatão da escola queridinha, você certamente está me confundindo com o Adam Johnson, não que nós tenhamos o mesmo sorriso lindo, a mesma covinha na bochecha esquerda, os mesmos olhos verdes e os mesmos cabelos negros perfeitamente bagunçados e lindos, – devo acrescentar que tudo isso é verdade – Que por sinal, fazem até a Aiden Lenshimidts suspirar, certo?

- Sabia que às vezes eu acho que você é mais apaixonado por si mesmo que todas, menos eu, garotas da escola! Você é tipo o Narciso da nova geração. – ignorei o fato de ele ter tocado no nome dela.

- Ah, se eu não me amar, quem vai me amar por mim?

- Só eu, sua humilde amiga não está suficiente?

- Claro Sereninha.

- Então Eric Von Crawllen, o que vamos fazer hoje?

- Ué Serena Anne Beaumont, achei que você passaria o almoço com a sua amiga Olivia.


Eu ri de uma forma desesperadora.

- Acho que sim, preciso de um ar depois de hoje – eu disse isso reprimindo novamente uma vontade de chorar – falei com o Liam.

- Como você está?

- Muito bem não se preocupe.

- Bom eu tenho que ir cherry, te vejo depois?

- Com a mais absoluta certeza.

Com isso Eric me deu um breve beijo na bochecha e saiu de lá rapidamente, eu tinha muita sorte por tê-lo em minha vida, ele era incrível.


Chegou então a mais esperada hora, mentira, era apenas a hora do almoço, eu saí rapidinho da sala de Química e fui em direção ao refeitório como toda a Grace Way fazia nessa hora, esse internato era um saco mesmo. Entrei e procurei com meus olhos verdes-folha-seca, minha melhor amiga Olivia e minhas outras amigas Katie, Becca e Colleen, já desesperada por não encontra-lás, meu olhar foi de encontro a mesa que Liam sempre se sentava, e lá estava ele como de costume, só que no meu lugar habitual, estava Aiden. Meu coração palpitou e uma lagrima escorreu do meu olho, um desespero subiu dos meus calcanhares a minha coluna, eu estava tão pasma que nem percebi os acenos desesperados de Olivia que estava quase gritando, mexi meu corpo rapidamente antes que alguém percebesse que eu estava ali encarando os dois a mais de 15 minutos com uma cara de cachorro sem dono.
Sentei-me ao lado de Olivia já com um alivio repentino.

- Amiiiiiiiiiiga, como você está? Quer que eu quebre a cara linda do Liam? Sabe que eu faria isso com o maior prazer desse mundo se fosse pra esses seus enormes olhos verdes-folha-seca se iluminassem de novo!

- Eu estou bem Livy, é serio, não precisa quebrar a linda cara do Liam.

- É, ele tem sorte por você ser uma ex-namorada tão legal, se não eu deixaria aqueles dois olhos azuis ficarem mais roxos que os olhos daquela Aiden, amiguinha nojentinha dele!

Eu e ela começamos a rir como duas loucas, e eu nem me importava com o que achariam de mim, eu estava meio que eu não ligo para a sua opinião, eu só queria uma boa dose de esquecimento nesse momento.


Eu meio que me sentia como a Jenny Humphrey no livro “It Girl” nesse momento, quando ela flagra a suposta amiga Callie Vernon e seu ex-namorado-perfeito Easy Walsh, eu me sentia assim ao ver meu ex-namorado-perfeito com a Aiden Lenshimidts.
Eu sei que eles nem chegaram a namorar nem nada, só que me diz o porquê de ele ter me traído com ela? Pra mim aí tinha coisa, só que no momento eu estava tão triste e com tanta raiva que eu só queria chorar até formar um rio no meu quarto e eu acabasse me afogando lá mesmo, só que ao que parece eu teria que ficar escutando “Teardrops on my guitar” da Taylor Swift até conseguir superar aquele garoto, tudo bem que a musica não ajuda nada né, só que às vezes é bom escutar uma musica triste. Eu finalmente comecei a pensar no meu trabalho de matemática que tinha que entregar segunda feira, estava super concentrada até meu telefone tocar e ver que era ele que estava me ligando.

“Oi” – eu disse com uma voz meio esganiçada.
“S. será que você pode me encontrar no terraço depois do toque de recolher?”
“O que exatamente você quer Liam?”
“Precisamos conversar... você vem?”
“Tenha esperanças” – tudo bem eu sou mesmo infantil quando estou nervosa, mas o que eu posso fazer? Eu só tenho 16 anos e fui traída! Eu mereço ser infantil quando eu descubro que o babaca do garoto que eu mais amo me traiu e ainda dormiu com aquela garota, faça-me o favor.

“Eu terei, por favor, venha ok?”

“Tentarei, olha tenho que desligar”

“Nos vemos mais tarde?”

“Talvez” – desliguei o telefone esperando que ele não ligasse mais, não estava disposta a escutar a voz dele nem por mais um instante, lágrimas desciam pelos meus olhos novamente, como eu conseguia ser tão chorona? Sinceramente eu mesma me tirava do sério às vezes.

Amor .

Eu andei pensando... E fiquei imaginando como seria sentir amor por alguma pessoa além de meus pais e irmãos, ou talvez além de sentir pelos amigos, afinal eu também amo meus amigos.
Acho que o amor é um sentimento complexo demais para tentar entender. Porque será que amar alguém que realmente é importante dói tanto? Ou amar tanto uma pessoa que chega o faz sofrer?
Amor e amizade nem são sentimentos tão diferentes sabia? Porque várias pessoas “acham” que estão apaixonadas por alguém e acabam confundindo estes sentimentos, ou talvez realmente começassem a se apaixonar e tiveram medo de se entregar a este sentimento. No meu ponto de vista, amor é o sentimento mais puro e bonito de todos, porque por ele podemos fazer loucuras, ou até, sofrermos tanto que alguns perdem a vontade de viver, amor também é ruim, porque as pessoas se entregam tanto a esse sentimento e pra falar a verdade, eu tenho medo dele, medo de ser pega por ele e sofrer muito, medo de amar tanto alguém ao ponto de doer ao sentir que não é retribuído, ou medo de ser tão complexo que não eu não consiga entender.
O Pior do amor, é que você se entrega a ele, e não se entrega aos poucos. Você se entrega de corpo e alma, acho que é tipo “fogo e palha” porque quando o fogo começa a queimar, não tem como apagar, e se apagar ele vira cinza, e aí acabou... Acabou porque não tem como cinzas pegarem fogo novamente. O amor é assim ele destrói as pessoas, corrói de dentro pra fora, machuca sem deixar ferida, mais com certeza deixa cicatrizes, queima sem realmente machucar, mais continua a arder.
Talvez eu tenha muito medo do amor, medo de me entregar a este sentimento, sempre achando defeitos nele, ou sempre pensando o pior , medo de sofrer.
Recentemente eu li uma frase sobre amor que dizia assim: “Apenas o amor pode machucar seu coração, encher você com desejo, fazer você chorar, se não esta pronto para chorar, se não esta pronta para sofrer, então não esta pronta para amar”. É talvez eu não esteja pronta para amar, mas sabe o que eu percebi com esta frase? Que ela esta certa e errada ao mesmo tempo, sabe por quê? Porque o amor é traiçoeiro, ele te pega de surpresa e faz você de fantoche, um pequeno fantoche em um grande e complexo show dele, cheio de surpresas de todos os tipos, então não tem como “estar pronto para amar”, já que você nunca sabe quando vai amar, eu, por exemplo, agora escrevendo sobre amor, talvez amanhã eu posso ser pega por ele, ou semana que vem quem sabe, ou até mesmo, pode demorar anos para que eu saiba como é amar de novo, mais sabe de uma coisa? Tudo tem seu tempo, só me resta esperar até que meu dia chegue, e assim quando chegar, aproveitá-lo ao Maximo e depois apenas dizer “Eu amo, eu amei, eu amarei” e então o que aconteceu e acabou (ou talvez não) será apenas uma boa lembrança do amor, esse sentimento tão complexo e maravilhoso, mais que é o melhor que pode acontecer na sua vida.

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antigo, mas eu finalmente tive coragem de postar aqui (:

segunda-feira, 6 de setembro de 2010

Savannah .

Eu estava enjoado e cansado. Meus amigos me empurraram pra esse Caffe que era daquele tipo que o povo bebe, come, e escuta bandas ao vivo, bandas amadoras e com sorte alguém vai lá e contrata eles. Eu sentei ao lado da minha melhor amiga Rachel, ela estava muito animada hoje porque a banda amadora dela iria cantar, e eu tive que ir e assistir todas as outras bandinhas ate for a vez dela, isso me deixava profundamente de mal humor.
Quando eu estava prestes a ir embora escondido, eu escuto alguém cantando “Iris” do Go Go Dolls, a voz era feminina e me deu alguns arrepios, era tão perfeita, me virei para olhar quem estava cantando e lá de pé com os olhos fechados e sentada em uma espécie de banco, uma garota de calça jeans desbotada, blusa branca sem estampas, várias pulseiras pretas e alguns colares prateados, um enorme cabelo de um tom loiro tão lindo. Ela agora abrira os olhos e estava olhando e cantando a ultima parte da musica, olhos castanhos lindos e grandes, enquanto cantava olhou pra mim e deu um breve sorriso. Nossa eu acho que me apaixonei pela primeira vez... Será que é possível?

Rachel foi ao meu lado e me deu um cutucão nas costelas que doeu muito.

- Ai! Rach qual é seu problema?

- Você faltou babar ali na garota!

- Ué, ela canta muito bem...

-Aham, você estava quase babando nela

- Ta com ciuminho?

- Aé, continue se iludindo.

Ela saiu marchando meio irritada, ta eu sei que ela tem uma queda por mim, só que eu nunca olharei ela com outros olhos, ela é como aquela prima que foi criada como sua irmã entende? Nunca terão outra relação alem de amor fraternal. Eu caminhei rapidamente pra saída mais próxima atrás daquela garota, pelo menos o nome dela eu precisava saber, aquele cheiro de café e cerveja estava me deixando enjoado, mais do que ter que aturar as outras bandas que vieram antes da garota. Achei uma porta que dava em uma espécie de beco, e vi a garota caminhando e carregando o violão, corri em sua direção e ela se virou para mim.

- está me seguindo?

- não! É que eu te vi cantando, e bom, achei você incrível

- a, muito obrigada.

- Qual é o seu nome?

- Pra que quer saber? – ela arqueou uma sobrancelha loira – quero dizer, vai que você não é um tipo de psicopata doido.

- é que eu, bom, só queria saber mesmo.
- É Savannah. – ela estendeu a mão branca – e o seu?

- É Chace – peguei a mão dela e senti um leve tremor.

- Muito prazer.

- Quando eu te encontro aqui?

Ela sorriu e disse.

- Toda sexta nesse horário, você vem?

- pode contar com isso.

- então nos vemos Chace.

- Com certeza Savannah.

E com isso ela sorriu, piscou para mim e virou para frente e começou a caminhar, nossa que garota, eu nem quis voltar para lá dentro daquele Caffe, eu caminhei em direção contraria a dela.

sábado, 31 de julho de 2010

O Amor.

Me disseram por toda minha vida que o amor era lindo.
Me disseram por toda minha vida que o amor era único.
Me disseram por toda minha vida que o amor era dolorido.

Agora me pergunte "Você escutou o que te disseram sobre o amor?”, e eu responderei que "não", sabe por quê? Porque eu tinha medo do amor... Até hoje.

Eu era uma garotinha irônica, e pode parecer clichê, mais eu não acreditava no amor. Como se acredita em algo irreal? De qualquer forma, pra mim era apenas mais uma das milhares de tolices humanas .... Acredite se quiser.
Levantei ás 6:45 da manhã como era de costume, tomei meu banho escovei meus dentes troquei de roupa e fui para a escola. Eu tinha 16 anos estava cursando o 2° ano e nunca havia tido nenhum amor, ninguém que me interessasse o suficiente... Por causa disso ganhei um apelido “coração de gelo”, isso nem me importava e eu gostava de ser assim 'intocável'. Olhei para a janela durante a explicação da professora de matemática, havia certo tumulto ali fora, será que era mais alguma briga idiota de algum aluno do 3° ano? Pra mim tanto faz, eu só queria ir embora.
Enquanto eu sentava na minha mesa de sempre na aula de biologia, eu percebi que era a única sem parceiro, não porque eu era uma irônica e meu cinismo era irritante as vezes , no geral as pessoas até gostavam de mim, eu estava sozinha porque havia faltado na ultima aula e não teria sido sorteada pra ser o par de ninguém. Abri meu livro de biologia já acostumada com a idéia de me sentar sozinha , quando alguém bate na porta da sala de aula, meu professor de levanta e abre a porta sorrindo, quando eu olhei pra porta eu também sorri, involuntariamente mais sorri, havia um garoto ali, um garoto muito bonito.

E foi ali, naquele sorriso idiota ao olhar pra porta que eu devia ter me tocado, o inferno acabara de começar, eu mal esperava que aquele garoto me rendesse várias noites mal dormidas e uma dor intensa no peito. Ele entrou na sala e meu professor anunciou “Este é o nosso mais novo aluno, Eric DiPortilla, seja bem vindo Eric, vá se sentar ali ao lado da sua mais nova colega de sala Alex Marin".

Você pode adivinhar o que veio em seguida, em algumas semanas viramos super amigos, e eu me apaixonamos pelo garoto, e também como não se apaixonar? O garoto era o novo astro do time de futebol, era muito inteligente, tinha notas perfeitas e além de tudo isso, ele era muito simpático, gentil, humilde, ele era incrível em vários aspectos e nem meu ironismo conseguia fazer ele me odiar ou algo do tipo, parecia que quanto mais eu era cínica, mais ele se aproximava de mim, mais gentil ele era comigo. E então aí aconteceu o problema, se apaixonar não é bom, é uma droga na verdade, sabe porque ? Bom porque ele me amava também, é isso aí, ele me amava tanto quanto eu o amava, e sabe o porquê de eu me referir no passado "amava" , bom se você está pensando que ele me largou, errou! Na verdade ele morreu.

E meu mundo desabou, quando eu percebi eu estava girando minha aliança de prata e chorando sem parar, num vestido preto idiota, com pessoas usando preto me dizendo " Eu sinto muito" , não, você não sente. A mãe dele veio em seguida me abraçar e dizer que eu fui o amor dele, o único, deveria ter sido pra me sentir melhor, mais na verdade só fez piorar a minha situação, agradeci a ela com um sorriso falso e com uma lagrima descendo, saí correndo dali como se aquilo não tivesse passado de um pesadelo. Cheguei à minha casa com meus pais me olhando com uma cara de pena, eu fui ao meu quarto deitei na minha cama fechei meus olhos e entrei no meu mundo particular, onde ele ainda respirava, onde havia um coração batendo forte e onde seus lindos olhos verdes ainda estavam abertos me olhando.

Alguns dias depois, quando todo mundo tinha parado de sentir pena de mim, e eu tinha parado de sentir pena de mim mesma, voltei a escola com um sorriso no rosto, um sorriso não de felicidade, mas sim se satisfação, porque por mais que eu me lembre dele todos os dias ao ver o sol nascer ou ver o sol se pôr, eu sei que o amor realmente existe, eu sei que onde quer que ele esteja, ele vai estar olhando pra mim e estar sorrindo também, sabendo que eu também o amei, que por mais que ele tenha ido embora e me deixado sem um pedaço do meu coração, ele sempre vai estar comigo no pedacinho do coração que ele não levou junto quando partiu, aquele pedaço que por mais que esteja doendo, um dia talvez, alguém venha e preencha o vazio que ele deixou em mim.

terça-feira, 20 de julho de 2010

O Meu Amor Para Recordar

Eu a vi entrando na sala de aula, ela estava com aqueles longos cabelos negros soltos, seus olhos verdes estavam destacados por causa de sua maquiagem, ela estava linda... como todos os dias.
Ela se sentou na cadeira atrás da minha, me deu um arrepio, meu coração começou a martelar no peito como se fosse sair pela boca... Isso deve ser o que se chama de Paixão, eu era apaixonado pela Olivia desde que ela se mudou pra nossa cidade, e olha que isso já faz uns 4 anos, o problema dela é que ela não da a minima pra ninguém, nem pros jogadores de futebol da escola o que é bom pra mim claro, todas as garotas na escola tinham inveja dela, todos os garotos queriam ela, mas ela simplesmente ignorava todo mundo, ela era quieta e muito inteligente, era uma garota diferente.
Eu estava copiando o dever de Inglês, quando sinto alguém tocando em mim, eu me virei esperando ser algum ignorante querendo saber o que exatamente era pra fazer no dever, quando virei o corpo para trás já preparado para falar " O que você quer ?" quando eu percebo que era ela

- Ei , você pode me explicar esse dever ?
- Cla-claro ! ( sim eu sou estupido)
- Aproposito, meu nome é Olivia, Olivia Beaumont.
- Pra-prazer , meu nome é Aaron Hastings.

Expliquei a ela sobre o que se tratava o dever e como ela deveria fazer, ela me olhou com aqueles olhos verdes-esmeralda, o que fez meu rosto corar, eu olhei nos olhos dela e vi que era meio vazios, como se ela estivesse... Triste.
- Aaron, você quer passar o almoço comigo ? quero dizer, você pode me explicar mais sobre essa materia... o que você acha ?
- Nossa ! seria otimo ... quero dizer, seria muito legal.
- Então te vejo no almoço certo ?
- Certo.
Nesse momento o sinal para a proxima aula bateu, e eu saí da sala com o coração praticamente fora do peito, ela tinha me chamado pra almoçar com ela ... eu ia almoçar com a Olivia! era um dia otimo. A aula de biologia passou tão rapido que quando me dei conta, já era hora do almoço, eu me encontraria com a Olivia... Eu estava tão nervoso! Fui chegando no refeitorio e estava com as mãos suadas , o coração martelando e o estomago revirando, quando a vi ali sentada olhando para o caderno, eu fiquei paralisado, não conseguia tirar os pés do lugar, até que ela levantou a cabeça e seus olhos encontraram com os meus, ela sorriu e disse "vem aqui" e eu fui. Sentei-me ao lado dela, ela estava lendo " Dracula" , ela fechou o livro olhou pra mim e falou:

- Aaron ... faz algum tempo que eu queria te perguntar uma coisa...na verdade, queria te perguntar desde que comecei a sentar atras de você em todas as nossas aulas juntos ( nesse momento ela olhou pra baixo).
- Bom, pode perguntar Olivia ( eu me lembro o dia que ela sentou atras de mim, foi a mais ou menos 3 meses atrás)
- Você gosta de mim não é ? quero dizer, eu vejo como você me olha quando eu entro na sala.
- Aaah...O-O-Olha ... Olivia, nossa! quero dizer , porque me pergunta isso ?
- Bom porque, eu estava pensando se você não gostaria de sair comigo hoje ?
- E-eu ... bom eu gostaria sim.
- Então nos vemos ás 19:00 no Marshall's Food ?
- Claro, seria otimo.
- Bom, eu vou embora, tenho que sair mais cedo hoje, te vejo mais tarde
- Ok, nos vemos ás 19:00.

Ela se levantou me deu um beijo no rosto e saiu. Nossa, Olivia me chamou pra sair, será que ela gosta de mim ? eu estou confuso, será que ela está me usando para fazer ciume em algum garoto ? foi tão repentino! decidi então fazer uma coisa idiota, mas bem legal, decidi segui-la.
Eu matei minhas aulas para seguir a Olivia, que doentio ! ela estava andando devagar, parecia cansada, quando percebi onde ela tinha entrado, estranhei um pouco, ela entrou no hospital, oque será que ela faria? de qualquer forma, foi estranho ela ter me convidado assim, então decidi ir para casa me preparar afinal, mesmo talvez eu esteja sendo usado, Olivia Beaumont me chamou pra um encontro !
Ás 18:30 eu estava pronto, eu não era um garoto feio, eu até era bem desejado na escola, não tanto quanto o astro do time Adam Kershal, mais eu fui considerado o 3° garoto mais bonito do colegio , mesmo sendo um Nerd, eu tinha olhos azuis e meus cabelos era tão negros quanto os da Olivia, eu era bem ajeitadinho afinal. Olhei meu relogio e vi que eram 18:45, saí de casa e fui em para o Marshall's Food , cheguei lá eram 18:55 e ela estava lá, sentada olhando para a mesa, ela estava maravilhosa, cabelos trançados e estava de vestido branco, ela era tão linda!
Entrei e ela me viu chegando e deu um sorriso, sentei na frente dela e sorri de volta
- Desculpe o atraso.
- Não você chegou na hora, eu que cheguei cedo.
- Bom, você está... muito bonita.
- Obrigada.
- Então , você quer pedir, ou quer conversar um pouco ?
- Vamos pedir e conversamos enquanto esperamos, que tal ?
- Perfeito.
Eu pedi um Milk-Shake de chocolate, e ela um de morango, eu não estava com fome, eu estava nervoso e ansioso demais para comer.

- Aaron... não quero que você se apaixone por mim.
Isso foi como levar um soco no estomago, porque ela era tão direta? eu a olhei assutado e perguntei:

- O-Olivia ! porque está me dizendo isso ?
Ela começou a chorar, sim eu estou falando sério, ela começou a chorar !
- Aaron, eu gosto de você, mais eu estou morrendo !
- Como assim ? o que você está dizendo ?
- Aaron, hoje quando eu saí mais cedo, eu fui ao hospital pegar meus exames, e bom, eu vim para esta cidade fazer tratamento Aaron, eu tenho leucemia.

Eu entrei em panico, a garota que eu estava totalmente apaixonado, estava morrendo.

- Olivia, mas existe cura , não é ?
- A minha não tem mais, as chances são minimas, meu pai vai me internar semana que vem.
- E você me fala essas coisas agora ? quer me fazer sofrer ou que ?
- Não, eu só queria que você soubesse que eu sempre gostei de você, mais naõ queria, porque eu vou morrer, não posso me apegar as pessoas.
- Mais eu sou apaixonado por você Olivia !
- Eu sinto muito, sinto mesmo.
ela se levantou e foi embora, e eu fiquei ali sentado, com o coração partido, o que eu poderia fazer ? eu estava arrasado, tudo o que eu queria era sumir, não acredito que isso estava acontecendo, era tipo aquele filme triste "Um Amor Para Recordar" só que ela não era a estranha religiosa da escola e eu nao era o Bad Boy desejado, ela era a desejada-estranha-linda e eu era o nerd-bonito. Paguei a conta e nem toquei no meu milk-shake, larguei lá na mesa e fui embora para minha casa.

Cheguei em casa, passei pelos meus pais que estavam sentados na sala e subi direto para o meu quarto, deitei na minha cama e adormeci. Acordei de manhã com uma ideia, eu faria como aquele cara do filme, eu realizaria todos os ultimos desejos dela. Me aprontei para ir a escola, desci as escadas peguei meu suco tomei em 3 goles e fui para a escola, decidi passar na casa dela para irmos juntos. Bati em sua porta, e seu pai abriu com um café na mão

- Oi
- Oi senhor Beaumont, a Olivia está ?
- Está se arrumando, quer entrar ?
- sim , seria bom.

Entrei em sua casa, e fiquei em pé perto da escada, o pai dela havia subido as escadas e eu estava lá esperando, quando escuto uma porta se fechando e ela descendo as escadas devagar, como se estivesse cansada, bom ela deveria estar, a leucemia deixava as pessoas assim eu havia lido em alguma revista. Quando ela levantou a cabeça e me viu ali, foi como se ela tivesse levado um choque, arregalou os olhos e ficou ali parada no degrau me olhando pasma.

- Oi Olivia.
- Aaron, o que você está fazendo aqui ?
- Bom, quer ir a escola comigo ?
- Tá , eu acho.
ela desceu as escadas, e disse alto "Tchau papai" e eu escutei ele respondendo " Tchau minha filha", saimos de sua casa e estavamos andando sem olhar um para o outro, até que eu perguntei:

- Já assistiu " Um Amor Para Recordar" ?
ela me olhou pasma e disse meio nervosa :
- Sim, é aquele da garota que tem a minha doença não é ?
- É... Eu stava pensando, eu vou realizar todos os seus desejos
- Do que você está falando Aaron ! Não posso ficar com você, não entende o quanto é dificil conviver assim ?
- Eu não me importo, Olivia eu gosto de você faz 4 anos ! , 4 malditos anos ! eu não ligo se você me quer ou não , eu vou atrás de você e vou fazer de tudo para que você fique feliz.
ela nem olhou pra mim , começou a chorar e sentou no chão, sentei ao lado dela e passei meus abraços ao redor dela

- Eu queria um namorado legal.
- Bom ... Quer ser minha namorada ?
as lagrimas começaram a aumentar e ela disse aos soluços :
- S-S-Sim ...
- Considere então um desejo realizado, nos ainda temos muito tempo, eu vou cuidar de você, vou pesquisar sobre sua doença, e ver o que podemos fazer...
- Tu-Tudo bem.
ela estava me olhando com aqueles olhos verdes molhados pelas lagrimas que deciam sem parar, os olhos dela estavam , como posso dizer, com um brilho... acho que ela estava feliz, eu coloquei minhas mãos sobre suas bochechas e a beijei e foi como se naquele momento, eu sabia que eu teria que aproveitar cada momento com ela, porque seriam os únicos e seriam inesqueciveis , ela era meu primeiro amor, aquele que nunca esquecemos.

domingo, 11 de julho de 2010

Atores são piores que todos os tipos de garotos ... não é ?

Eu estava no quarto da minha melhor amiga admirando seu novo pôster do tal Luke Brookdale, ela dissera que ele era um ator e cantor perfeito em todos os detalhes, que era humilde, carinhoso, elegante, e lindo, eu concordei que ele realmente cantava e atuava muito bem e que realmente ele era lindo, mas isso de ser “humilde, carinhoso e elegante?” eu achei que fosse exagero e logo começamos a discutir

- Faça-me o favor Kira! Você nem conhece o cara, como pode falar essas coisas dele? Eu aposto que ele é um esnobe!

- Você não sabe de nada Emma! Ele é perfeito sim!

- Se você diz... Amiga “intima” de Luke Brookdale!

- Um dia você verá! Eu vou casar com ele, serei a senhora Kira Luke Brookdale – devo dizer que os olhos dela brilharam de excitação nesse momento – e eu nem te convidarei para a cerimônia!

- Eu não me importo, não estou a fim de conhecer esse garoto de qualquer forma, e eu estou indo para casa Kira, nos vemos amanhã na escola.

- Tchau Emma

- Tchauzinho.

Eu estava caminhando para a minha casa, e sempre pegava o caminho mais longo, ele passava pelo parque, eu amava aquele parque ele era simplesmente perfeito, arvores enormes e todo tipo de flores, era o lugar perfeito. Cheguei em casa quase na hora do jantar, subi as escadas em direção ao meu quarto e esperei até a hora que Maria me avisasse que o jantar estivesse pronto. Deitei na minha cama e reclamei mentalmente por causa daquele dia horrível na escola, realmente aquela Cristy McReed me odiava, a única coisa boa naquela escola chata era a minha amiga Kira Gingers, ela realmente fazia os dias terríveis na escola parecerem um pouco melhores.

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Essa é a primeira parte da história, espero que gostem :3

Divulguem